Sei que um ônibus cheio não é o cenário mais romântico, mas,
feliz ou infelizmente, é nele que acontece o que narro. Quatro ou seis cabeças
alinhadas obstruem a vista da frente. Os bancos altos contribuem, assim como as
pessoas em pé. Não vejo muito além de rostos cansados ou sonolentos ou as duas
coisas, indo ou vindo de ou para casa. Não sei. Estou de olhos fechados e, nesse
instante, o mundo se resume às minhas agruras, pensamentos e silêncios. Daqueles,
muitos afluem e vez ou outro me vem um ou outro que me faz lembrar você;
aquelas coisas todas, nossa vida, flashes, frames, momentos, frases soltas,
palavras que dissemos sem querer e querendo, nada mais do que eu e você em toda
a nossa infinidade. Mas depois... Depois me vem a incerteza de que você voltará
a fazer parte da minha vida e de que um dia teremos outros momentos para
eternizar. Então a boca se torna amarga e a tarde perde um tanto de sua formosura
por um instante ou dois.
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sexta-feira, 8 de março de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Soneto #1

E na clausura voluntária
Fui tolhido da minha liberdade
Nesta sala vazia ordinária
Não posso exercer a minha vontade
Os versos, confesso, me chamam
Embora eu não os declame
Aventurados aqueles que amam
E não mancham a vida com sangue
Se eu pudesse um dia ir embora
Talvez eu fosse pra longe
E ouvisse essa voz que me chama
Mas não posso fazê-lo agora
Saudades dos tempos de ontem
Do calor de quem sei que me ama
A máquina e o ancião
Tempo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Namoradeira
Conheci meu amor quando ele passava pela janela. Sorrindo, ele ia todos os dias pelo mesmo caminho, passando em frente à porta da minha casa, do mesmo lado da calçada, devolvendo-me o olhar de fascínio que eu nele depositava ao vê-lo tão elegante.
Garantia-me um suspiro, infalivelmente, todos os dias. Dia que eu não o via, não suspirava, mas nunca deixei de me debruçar sobre a janela só pra vê-lo passar.
Garantia-me um suspiro, infalivelmente, todos os dias. Dia que eu não o via, não suspirava, mas nunca deixei de me debruçar sobre a janela só pra vê-lo passar.
Postado por
Natan
às
11:32
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