Tempos estranhos estes em que vivemos. Deveras. Estranhos, incertos, indizíveis... Muitos adjetivos cabem aqui. Ainda assim, são tempos em que as pessoas se julgam felizes. Eu, particularmente, acho que elas já foram mais felizes, só não sabiam disso. Uma pena.
Meu nome pouco importa agora. Nada importa muito. Apenas eu e você. Eu e a história que vou contar. Mas, antes, é de extrema importância que você saiba, que entenda e aceite que eu existo. Não existo simplesmente porque digo: existo porque sim, porque você precisa saber disso. Existo tanto que me sentei neste chão macio para contar-lhe esta história aqui do alto, onde eu alcanço a todos, mas ninguém me alcança.